4 de mai. de 2008

A propaganda e os cartazes

O foco dos cartazes publicitários da década de 30 se resumia a empolgação e excitação. Apresentavam cores vibrantes e imagens emocionantes e cheias de vivacidade. Exploravam tipos grandes e estilizados, substituindo o conservadorismo dos anteriores.

1931 - Campbell's Soup

1936 - Lucky Strike
1936 - Wrigley's Duble Mint Gum
1938 - Matson Cruise Lines



Formato americano de cartazes para cinema

Cartazes de filmes têm diferentes tamanhos e modelos. Estes são os formatos americanos mais comuns.

One sheet (1 sh): É o mais comum. Até 1840, seu tamanho era 27x40 polegadas, após essa data, passou a ser 27x41 polegadas. Uma vez que é o formato mais popular, é comum a disponibilidade de mais de uma versão para a maioria dos filmes.
Insert (Insert Card): 14x36 polegadas. Normalmente é impressa em um estoque mais grosso de papel. Os estúdios pararam de produzi-lo no início dos anos 80.
Half-sheet (1/2 sh): 22x28 polegadas (pôster horizontal). São raros em relação a pôsteres one sheet e, até mesmo, a pôsteres insert.
30x40 polegadas:Impresso em cartão mais grosso e, uma vez que são impressos com limitações, esses cartazes são raros.
40x60 polegadas: Esse formato é extremamente raro. Somente poucas centenas desse formato foram impressas uma vez, assim, cartazes nesse tamanho são caros e procurados por colecionadores.
Subway / Two sheet (2 sh) : 41x51 polegadas. Muito raro, foi impresso em cartão mais grosso e projetados para serem colocados e vagões de metrô.
Three sheet (3 sh) : 41x80 polegadas. Extremamente raros, somemte foram criados após a década de 70.
Six sheet (6 sh): 81x81 polegadas. Grande cartaz muito raro de difícil manuseio e transporte. Twenty four sheet (24 sh) - 9x20 pés Enorme pôster feito sob medida.
Bus Stop: 45x70 polegadas. Devido ao local onde são usados (paradas de ônibus), usualmente contêm cores brilhantes echamativas.
Window Card: 14x22 polegadas. São impressos em cartão mais grosso.
Lobby Card: 11x14 polegadas. Cartazes pequenos e horizontais, também há o Mini Lobby Card (8,5x10 polegadas)
Door Painel: 20x60 polegadas. Muito raros, por isso colecionáveis. Geralmente são impressos em arte-final exclusiva diferente do pôster one sheet.
Personality Posters: 22x28 polegadas. Caracterizavam algumas grandes estrelas dos anos 20 e 30 como Joan Crawford, Jean Harlow, Marlene Dietrich, Laurel and Hardy, Jeannette McDonald, Nelson Eddy, Lon Chaney e James Cagney.

http://www.movieposterinfo.com

3 de mai. de 2008

Cartazes de filmes

1931 - Frankenstein


1932 - The Mummy


1933 - Gold Diggers


1933 - King Kong


1936 - Charlie Chaplin in Modern Times



1938 - The Lady Vanishes


1939 - Gone With The Wind


1939 - The Wizard Of Oz


1939 - Mr. Smith Goes To Washington

O cinema e os cartazes

Durante a Primeira Guerra Mundial, o cinema europeu passava por um período de recessão. A produção de filmes concentrou-se, então, em Hollywood, na Califórnia. Lá surgiram os primeiros grandes estúdios. O advento do som deu-se inclusive nos Estados Unidos, revolucionando assim a produção cinematográfica mundial. Em 1929, 51% da produção estadunidense consistia em cinema falado. Os anos 30 representaram uma consolidação dos grandes estúdios e uma consagração dos astros e estrelas de Hollywood. A indústria recuperava-se da Depressão com o New Deal e, em 1938 e 1939, Hollywood viveu seus anos dourados. Surgiram superproduções como A Dama das Camélias, ... E o Vento Levou, O Morro dos Ventos Uivantes e Casablanca. Novos recursos técnicos possibilitaram o desenvolvimento pleno de todos os gêneros.

Os principais meios de divulgação dos filmes eram, naturalmente, os cartazes. Eles refletiam a euforia da indústria cinematográfica. Mas, diferentemente dos cartazes do WPA, os pôsteres de filmes não traziam as formas diretas e simplificadas. Era muito comum os atores principais estarem representados em posição de destaque, seja por ilustração ou fotomontagem. Os artistas utilizavam uma quantidade de muito maior e mais variada de cores, bem como de famílias tipográficas.

http://www.webcine.com.br/historia1.htm

2 de mai. de 2008

Processos de impressão

Quando um projeto gráfico deve ser impresso em uma impressora comercial, é muito importante definir, antes mesmo do início do projeto, qual é o sistema de impressão e o tipo de papel em que esse projeto será impresso.
Entre os sistemas de impressão mais comuns, os que se aplicam ao contexto da década de 30 nos EUA, são os seguintes:

Serigrafia ou silk-screen: é um processo de impressão no qual a tinta é vazada – pela pressão de um rodo ou puxador – através de uma tela preparada.
É utilizada na impressão em variados tipos de materiais (papel, plástico, borracha, madeira, vidro, tecido, etc.), superfícies (cilíndrica, esférica, irregular, clara, escura, opaca, brilhante, etc.), espessuras ou tamanhos, com diversos tipos de tintas ou cores. Também pode ser feita de forma mecânica (por pessoas) ou automática (por máquinas).
No Ocidente registra-se no século passado, em Lion, França, o processo (de máscaras, recortes) sendo usado em indústrias têxteis (impressão a la lyonnaise ou pochoir) onde a imagem era impressa através dos vazados, a pincel. No início do século registravam-se as primeiras patentes: 1907 na Inglaterra e 1915 nos Estados Unidos, e o números de impressos comerciais cresceu muito. Na América, os móveis, paredes e outras superfícies eram decorados dessa maneira.

Flexografia: é um sistema de impressão gráfico em que a matriz, clichê de borracha ou fotopolímero, é relevográfica. O sistema pode ser considerado como um bisneto do carimbo.
Uma de suas virtudes é a flexibilidade para imprimir os mais variados suportes, de durezas e superfícies diferentes.
Recomenda-se o uso do processo flexográfico para impressões de alta tiragem, por causa do seu custo elevado.
É mais usado para imprimir etiquetas, embalagens, papel para presente, faixas promocionais, copos descartáveis, toalha de papel, jornais, listas telefônicas, papel pautado etc. É um processo bastante semelhante ao da xilogravura e rotogravura. A diferença está na matriz, que é respectivamente, de madeira, esculpida à mão, e o outro que é encavográfica, de cromo.
Não se sabe ao certo onde surgiu a Flexografia. Os ingleses dizem ter documentos comprovando que sua origem data do final do século XIX, pela sociedade Comercial Bibby, Barons & Sons Ltda. Já os registros históricos apontam o surgimento da flexografia nos Estados Unidos, no ano de 1860.

Impressão Offset: é um processo planográfico cuja essência consiste em repulsão entre água e gordura (tinta gordurosa). O nome off-set - fora do lugar - vem do fato da impressão ser indireta, ou seja, a tinta passa por um cilindro intermediário, antes de atingir a superfície.
Algumas caraterísticas desse método de impressão são:
- Qualidade elevada e consistente da imagem;
- Produção rápida e fácil das placas de impressão;
- Vida média mais longa da placa de impressão do que em imprensas diretas porque não há nenhum contato direto entre a placa e a superfície impressa;
- Quanto maior a tiragem, menor o custo, porque a maior parte do preço entra na preparação submetida antes que a primeira folha de papel seja impressa, toda a cópia de papel adicional custará somente o preço do papel do cliente (e a tinta), que é irrisório se comparado com o custo de produção inicial;
- Impressão de grandes volumes rapidamente.

Rotogravura: trata-se de um processo de impressão direta, cujo nome deriva da forma cilíndrica e do princípio rotativo das impressoras utilizadas.
Algumas das caraterísticas da impressão por rotogravura são:
- Impressão de alta qualidade e alta tiragem em branco, preto e colorido;
- Qualidade uniforme em toda tiragem;
- Pretos mais ricos e gama mais ampla de tonalidades em relação a todos os outros processos de impressão;
- Mais econômicas nas altas tiragens e altas velocidades. No entanto, com preparação cuidadosa e atenção para os detalhes, as pequenas tiragens podem ser feitas a um custo competitivo;
- As chapas e cilindros, embora durem mais, custam mais que os tipográficos ou em offset;
A alta tiragem é obtida pelo fato do cilindro durar de 6 a 10 milhões de impressões contra 1 milhão de fotopolímeros da Flexografia e 500 mil da Offset. A Rotogravura tem mantido sua cota de mercado (10%), sendo especialmente mais forte nos Estados Unidos por possuírem muitos consumidores e terem especial necessidade de utilizar embalagens.

http://pt.wikipedia.org/

1 de mai. de 2008

A influência dos cartazes políticos

Os cartazes políticos da Primeira Guerra Mundial tiveram uma grande influência nos trabalhos dos artistas do FAP. Eram pôsteres com mensagens diretas e fortes, que buscavam inspirar o patriotismo. Entretanto, os mais comuns traziam ilustrações pintadas e ampliadas, com adição de letras de layout e design de baixa qualidade.

Joseph Pennel era um seguidor do estilo francês, cujos pôsteres de guerra eram caracteristicamente bem desenhados e vinham acompanhados por textos longos e, muitas vezes, poéticos.

O pôster estadunidense mais conhecido do período é o "Quero você no exército dos Estados Unidos", de James Montgomery Flagg, inspirado no pôster de recrutamento da Grã-Bretanha. Trata-se de um auto-retrato do artista, representando o Tio Sam. As cores da bandeira e os elementos arranjados de maneira simples reforçam ainda mais o apelo patriótico.



HOLLIS, Richard. Design gráfico: uma história concisa. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

http://www.firstworldwar.com/posters/usa20.htm

26 de abr. de 2008

Federal Art Project

O braço artístico do programa do presidente Roosevelt (WPA), o Federal Art Project (FAP), foi criado em 1935 e dirigido por Holger Cahill. Os seus principais objetivos eram dar trabalho aos artistas desempregados e levar a arte a prédios públicos não-federais, como escolas, hospitais e bibliotecas. O FAP era dividido em três setores: produção, educação e pesquisa artísticas. Conhecidos pela sua vasta produção, os artistas do FAP criaram pôsteres, murais e pinturas, alguns dos quais estão entre as mais significativas obras de arte pública do país.

Os cartazes, produzidos por litografia, xilogravura e, principalmente, serigrafia, foram elaborados com o intuito de divulgar programas de saúde e segurança, cultura, performances de teatro e música, viagem e turismo, educação e atividades comunitárias. Os trabalhos eram objetivos e geralmente traziam famílias tipográficas sem serifa e linhas diagonais. Evocavam, assim, o estímulo e o dinamismo buscados no ideal nacionalista de reconstrução do país depois da crise.


O Federal Art Project significou um grande impulso para a arte nos Estados Unidos, além de ter levantado a moral dos artistas. Hoje, eles são tidos como um fator crucial para a explosão de criatividade no período pós Segunda Guerra Mundial (surgimento do Expressionismo Abstrato, por exemplo).


http://www.tate.org.uk/collections/glossary/definition.jsp?entryId=319
http://www.flickr.com/photos/pantufla/sets/1477614/
http://en.wikipedia.org/wiki/Federal_Art_Project

24 de abr. de 2008

Tipografia

"Fontes fortes, densas e sem serifa ou tipografia de estêncil (fontes com traços irregulares) de aparência industrial eram utilizadas para transmitir mensagens simples compostas de poucas palavras de fácil compreensão para um apelo de massa. Às vezes a imagem já era suficiente para transmitir a mensagem."


BHASKARAN, Lakshmi; RAIMES, Jonathan. Design Retrô - 100 Anos de Design Gráfico. São Paulo: SENAC, 2007.

23 de abr. de 2008

Acontecimentos no design da época

"O ano de 1930 viu o lançamento da revista Advertising Arts, o suplemento semanal da Advertising & Selling, revista responsável pela introdução do design “modernista” na publicidade norte-americana, enquanto em 1932 Stanley Morison projetou o que se tornaria uma das fontes mais largamente usadas no século XX – a Times New Roman – para o jornal The Times, de Londres. O ano seguinte viu uma inovação no design de informação quando Henry Beck produziu seu famoso mapa metrô de Londres. Em vez de fazer uma abordagem convencional, Beck simplificou o sistema do metrô ao máximo para criar um conceito de design que é seguido até hoje."

"O final dos anos 1930 viu a abertura da Feira Mundial de Nova York, apresentando os mais recentes desenhos no estilo aerodinâmico por artistas como Raymond Loewy e Norman Bel Geddes. Porém, com a possibilidade de outra guerra mundial no horizonte, não demorou muito para que os designers se envolvessem em tarefas mais urgentes."

BHASKARAN, Lakshmi; RAIMES, Jonathan. Design Retrô - 100 Anos de Design Gráfico. São Paulo: SENAC, 2007.

22 de abr. de 2008

Lester Beall




"Beall foi um dos primeiros designers norte-americanos a incorporar idéias modernistas européias em seu trabalho. Seu uso de cores primárias é uma reminiscência da Bauhaus, ao passo que o posicionamento de títulos simples (projetados para chamar a atenção de leitores pouco proficientes) refletia o construtuvismo soviético."
"Beall fazia montagens fotográficas em preto-e-branco de cidadãos comuns no trabalho ou nas residências, com padrões geométricos que remetiam às cores da bandeira norte-americana. Listras e pontos representavam a força de trabalho dos Estados Unidos, num esforço coletivo para o desenvolvimento do país."

Como o próprio texto sugere, Beall fazia o uso abundante da justaposição de imagens e o uso de traços econômicos em seus cartazes.

BHASKARAN, Lakshmi; RAIMES, Jonathan. Design Retrô - 100 Anos de Design Gráfico. São Paulo: SENAC, 2007.

21 de abr. de 2008

A crise de 29, o New Deal e os cartazes

No período pós Primeira Guerra Mundial, a Europa estava arrasada pelo conflito. Os Estados Unidos surgiram como a maior potência mundial. Dessa forma, os estadunidenses passaram a investir na reconstrução européia. Assim, garantiriam que os seus empréstimos (contraídos durante a guerra) seriam pagos e afastariam possíveis revoluções socialistas. Porém, à medida que a Europa foi se recuperando e se desenvolvendo, diminuiu-se o número de exportações estadunidenses e iniciou-se uma crise de superprodução no país (1925). A crise começou no setor agrícola e logo se espalhou para o industrial. Apesar do quadro anunciador de crise, o mercado financeiro continuou com a sua euforia, eram crescentes as especulações na Bolsa de Valores. Em outubro de 1929, as ações começaram a baixar de preço. Todos os acionistas começaram a vendê-las drasticamente, levando a maioria dos investidores à ruína. Tal processo culminou com a quebra da Bolsa de Nova York. A Grande Depressão, marcada principalmente pela falência e pelo desemprego, causou uma grave recessão econômica em vários países e acabou atingindo todo o mundo capitalista. A única parcela mundial a manter-se inalterada diante da crise foi a União Soviética (URSS).

Após as eleições presidenciais de 1932, Hoover foi substituído pelo democrata Roosevelt, que logo instituiu um novo programa de governo: o New Deal. Tal programa consistia em abandonar o liberalismo econômico de Adam Smith e adotar a teoria do economista John Maynard Keynes. Keynes dizia que o Estado deve intervir na economia como forma de superar as crises e, assim, aumentar a demanda. Algumas das principais medidas do governo estadunidense foram: construção de obras públicas, controle sobre a produção, vendas a prazo, políticas emissionistas, controle dos juros, seguro-desemprego, linha de crédito para recuperação de empresas. Portanto, o New Deal acabou adotando algumas práticas socialistas, o inverso do que aconteceu na Nova Política Econômica (NEP) de Lênin. Apesar do New Deal de Roosevelt ter se mostrado bastante eficiente, a completa recuperação da economia dos Estados Unidos somente se deu com a Segunda Guerra Mundial.

A recuperação da situação de calamidade financeira e social exigia medidas drásticas, cujas palavras-chave foram: vigor, objetividade e estímulo. Dentro do programa de governo do presidente Roosevelt, foi elaborado um projeto, o Works Progress Administration (WPA), para melhorar as condições de vida das vítimas da crise. Foram elaborados mais de 30 mil pôsteres, a maioria impressa por serigrafia. O designer mais expoente foi Lester Beall (1903–1969), cujos cartazes foram criados para a Rural Electrification Administration. A influência, segundo o próprio Beall, baseou-se em "pôsteres políticos americanos, o pôster de recrutamento da Guerra Civil e a Die Neue Typografie... e pela busca dos designers por formas vigorosas, diretas e estimulantes". Beall encontrou o que buscava em elementos gráficos da bandeira americana, os quais utilizava freqüentemente e com originalidade nos seus trabalhos. Um de seus pôsteres mais conhecidos é o de dois jovens apoiados em uma cerca típica de zona rural, com a bandeira americana como plano de fundo.

HOLLIS, Richard. Design gráfico: uma história concisa. São Paulo: Martins Fontes, 2005.